A presidenta Dilma
Rousseff vetou a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda das pessoas
físicas. A correção estava prevista na Medida Provisória (MP) 656/2014,
transformada em projeto de conversão aprovado em dezembro passado pelo
Senado. A MP aguardava sanção presidencial. O veto está publicado na edição
de hoje (20) do Diário Oficial da União.
A presidenta Dilma
Rousseff disse que, se fosse aprovada nos termos inicialmente sugeridos, a
"proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões, sem vir
acompanhada da devida estimativa do impacto orçamentário-financeiro, violando
o disposto no Art.14 da Lei de Responsabilidade Fiscal."
Estudo do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional)
indica que, com o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014 em
6,41%, a defasagem da tabela acumulada desde 1996 chega a 64,28%. Com o
índice oficial de inflação e os reajustes salariais que ultrapassam os 8%
muitos contribuintes passaram a descontar IR ou mudaram de faixa de alíquota,
pagando mais impostos.
No início da noite de
ontem (19), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou medidas de aumento
de tributos para reforçar a arrecadação do governo. De acordo com o ministro,
o objetivo é obter este ano R$ 20,6 bilhões em receitas extras. A maior
arrecadação virá da elevação do Programa de Integração Social (PIS) e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os
combustíveis e do retorno da Contribuição para Intervenção no Domínio
Econômico (Cide).
fonte:- Daniel Lima –
Repórter da Agência Brasil -
20/01/2015
Edição: José Romildo
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